sábado, 21 de fevereiro de 2015


Eu só quero ser feliz!


Sem Saída

Tenho certeza de que muitas pessoas estão se sentindo como eu nesse exato momento. Às vezes eu acho que vou enlouquecer. Tudo me parece tão perdido e confuso, sem chão e sem saída. Todas as escolhas que fiz só me fizeram perceber que esta ultima realmente não é a que me completa. Ter alguém nem sempre significa que tudo vai estar bem, muito pelo contrário, pode só piorar. Meu caso se encaixa nisso. Não sou feliz, deveria mas não estou. De tudo que vivi nunca pensei que estar casada fosse algo tão perturbador e tão infeliz. Me sinto sozinha mesmo quando ele está do meu lado, me sinto deprimida por ter a certeza de que estou me privando de viver muitas coisas e de conhecer muitas pessoas, muitos homens, muitas formas de amar e de me apaixonar. Quando a paixão acaba tudo se acaba, tudo. Não vejo motivos para continuar do lado dele, e tenho certeza que ele não vê mais motivos para estar comigo, mas nos tornamos doença um do outro, um mal necessário, uma cicatriz chata que não quer curar. Sinto como se uma faca fosse cravada todos os dias contra o meu peito, meu coração dói. Estou tão machucada, tão ferida, tão agredida e na verdade tenho o agredido muito também, não sou a vítima, somos todos vítimas do conformismo, da necessidade de persistir no erro, de continuar quebrando a cara quando vc já sabe o que tem de fazer. Mas eu não tenho nem para onde ir, estou há dez meses desempregada e mesmo passando por tudo que venho passado dentro de mim mesma, ainda encontro pessoas que me criticam, me julgam, me fazem passar humilhações; Não tenho nada a perder aqui, nesta casa, nessa cidade! Nada que me prenda ou que possa me impedir de ir embora para bem longe. Mas como eu disse, estou sem saída! Não tenho para onde correr, não tenho onde conseguir dinheiro para ir embora, não posso conseguir dinheiro fácil por que estou querendo ou não "casada", não consigo arranjar um emprego por vários motivos, não consigo voltar para a casa da minha mãe por que meu tio está morando lá e voltar só vai retroceder meu avanço no processo transexualizador. Eu realmente estou perdida, nessas horas vc nunca encontra um amigo ou amiga, nunca encontra um ombro amigo, uma ajuda. Chegada a hora de me virar sozinha como eu sempre quis mesmo que isso me custe o afastamento da minha familia e dos ditos "amigos". Estou prestes a estourar e quando isso acontecer não pensem que vou me matar, por que tenho muita coisa pra fazer ainda, mas eu juro que as pessoas que me conhecem vão perceber que nunca me conheceram.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O Maior Poder do Ser Humano

O que eu poderia fazer se não tivesse, bem fixa em minha mente, a incerteza de meus atos, palavras e pensamentos? O que eu deveria sentir ou o que deveria dizer aos quatro cantos do mundo? As coisas mais mágicas do mundo estão em cada criatura e em cada canto da sua imaginação, cabe somente ao seu espirito tornar a sua vida mais alegre possivel e para isso não precisa ser milionário ou ter o melhor namorado(a) do mundo, basta ser sincero com você mesmo e não ter medo nem vergonha de ser quem você é. Nem mesmo uma ameba tem vergonha de ser quem é (e olha que ela é muito mais útil de que muitos humanos por aqui hein), a verdade está dentro de você, e a verdadeira felicidade você deve achar primeiro dentro de si para depois encontrá-la no mundo lá fora. Pois bem , o qu eu disse não faz sentido nem para mim, mas o que faz sentido real nesse mundo? Por que deveria fazer? Já que as melhores coisas do mundo não fazem o menor sentido? Fique atento ... e não despreze o maior poder que você possui ... a imaginação

Reflexões

Eu corri muito ... muito mesmo. Mas percebi que não valia correr tanto, por que não precisava correr, eu só tinha que esperar acontecer. Já era meu! O que tento dizer é que todos tem um caminho a ser trilhado e por mais que vc corra dele, ele chegará queira vc ou não. Tenho certeza de que muitos ainda nem começaram ou estão achando que já acabou, mas está longe disso. O caminho é longo e cheio de espinhos ... não teria graça se fosse fácil, não é? Não seria revigorante e nem mesmo construtor, seria uma perda de tempo. Pois bem, deixe a montanha vir até vc, mas não fique achando que ela vai se deslocar até vc, temos que pelo menos saber onde ela está...o que eu disse? Cada um sabe o que tem que fazer nessas horas, cada um sabe como agir e como reagir. Então, siga em frente e não tenha medo de chegar ao topo da montanha, pois vc vai se surpreender com o que te espera lá no alto.

Quanto Vale Fazer das Tripas Coração?

Nascemos, passamos pela puberdade e então nos voltamos para o mundo como ele é ou como as pessoas acham que é. Acordamos, escovamos os dentes, alguns tomam banho. E então vamos para a parte mais "legal e revigorante" de nossas vidas. Trabalhar! Existe algo mais importante do que trabalhar? Algo mais impolgante do que se matar em prol de algo que desconhecemos e que na verdade nem sabemos ao certo o porque de estarmos trabalhando? Tenho uma resposta: para pagar as nossas desvairadas e desesperadas contas! Quanto mais trabalho, mais conta! Nos matamos, chegamos em casa super-cansados e estressados demais para ver o por-do-sol ou as árvores balançando com o vento. E é aí que esquecemos muitas vezes do nosso espirito. Não estou dizendo para irmos na igreja todos os fins de semana ou feriados, muito menos quando tem casamento no meio da semana. Muito menos ainda para ficar orando e orando com os ollhos fechados não vendo a hora de chegar em casa para comer e ir direto para a cama dormir! Estou dizendo para aproveitarmos melhor as nossas miseráveis e desprezadas vidas! Quanto vale fazer das tripas coração? Vale um momento a dois com o seu amor, ou com seus filhos e familia? Vale uma boa meditação e uma reflexão em um parque aconchegante? Ou simplesmente um momento em que ficamos parados olhando um pássarinho comer uma minhoca e alimentar os seus filhotes? Ou então parar para ouvir aquela musica que você adora e que fazia muito tempo que não cantava junto com o rádio?

Quanto vale esse jogo de ganhar sem nada a perder? Esse jogo humano e as vezes tão inútil? 


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015


Em Rede Social Todo Mundo quer ser Bom!


Eu fico boba em ver como as pessoas são caras de pau em sair por aí defendendo causas e minorias atrás de uma tela de computador! Como é fácil bancar a Madre Teresa sentado em uma cadeira confortável ou deitada na cama comendo uma pizza ou sorvete. Metendo o pau em todo mundo, criticando o governo atual, criticando o preconceito, defendendo minorias e "lutando" para erguer a bandeira dos oprimidos. Como é fácil sentar no rabo e criticar as pessoas, julgar sem conhecer, tripudiar e se achar no direito de se sentir o certo, Deus na terra e vc no céu! O mais engraçado é que a maioria dessas pessoas estão escondidas em contas fake kkkkkkkkk dá pra entender? Não mesmo! O que é tudo isso? Um teatro de máscaras onde vc não mostra a sua cara? Tem medo de ser descoberto? Tem medo de saber que as pessoas o conhecem por defender as minorias e os oprimidos pela net? Até porque é a única coisa que a maioria dessas pessoas sabem fazer: ficar atras de um computador! Nunca pegaram em um livro, nunca assistiram um bom filme, nunca interpretaram um texto e nunca entenderam o final daquele filme que te faz pensar todo o tempo.

Eu só tenho uma coisa para dizer para todos vcs seus bandos de hipócritas grotescos: Vcs não enganam ninguém! Não me enganam e muito menos as pessoas que como eu conhecem de longe esses falsos modelos de bons cidadãos! Enquanto vcs estão vindo com o fubá eu já to com a sopa paraguaia pronta!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O Radicalismo Trans


Acabo de ser excluída de um grupo de face de merda e sabem porque? Porque eu disse que se estivesse beijando um cara e descobrisse que esse cara tem uma vagina eu sentiria nojo e diria não! Me chamaram de transfóbica! kkkkkkkkkkk Meu deus isso existe? Eu li isso mesmo produção? Agora sou obrigada a gostar de PPK? Ultimamente olhando alguns grupos de trans e seus direitos e tal percebi que está se criando um MILITARISMO TRANS desenfreado e sem controle igual a muitos movimentos LGBT. São descontrolados e totalmente sem fundamentos dignos. São radicalistas beócios que acham que o mundo tem que engolir a sociedade trans e gay do planeta, mas numa profundidade perturbadora do tipo: transe comigo ou vou te processar por transfobia/homofobia!
Porra ... o cara tá lá te beijando no carnaval, locão da vida, te achou gata e já chegou te dando uns amassos, daí ele percebe que vc é tipo kinder ovo (tem surpresa), ele te olha meio desnorteado não acreditando que aquela mulher linda tem um pinto, ele vai embora e infelizmente te olha com cara de nojo, afinal ele não gosta de pinto! Vc vai julgar o cara por isso? Porra! Ninguém é obrigado a gostar do que não gosta! Isso não tem nada a ver com transfobia minha gente, isso é o simples fato de que o cara não gosta de pau! Se ele revidasse com agressões físicas e verbais seria diferente, seria transfobia, seria crime de ódio. Mas o cara só te olhou enojado e foi embora,  DA MESMA FORMA QUE EU OLHARIA PARA UM HOMEM COM VAGINA por que eu NÃO GOSTO DE VAGINA! É tão simples!
O mundo é tão complicado e a comunidade trans quer complicar mais ainda? Dão mais valor as pessoas trans mas se esquecem que nasceram de um casal hetero! Daqui uns dias vai ser ilegal e errado ser hétero! Isso não tá certo! Não é com preconceito que vamos vencer o preconceito! Não é com ódio que vamos ganhar do ódio! Isso é tão claro porque algumas pessoas são tão burras ao ponto de não conseguir compreender uma lição tão simples que até criança entende?!

Pelo amor do bom senso vamos refletir e lembrar que não somos as unicas que são vítimas de preconceito: os negros sofrem preconceito, os brancos sofrem preconceitos, os gordinhos, os altos, os baixos, todos são alvos de xingamentos, brincadeiras e até coisas mais graves, as mulheres ainda sofrem preconceito. Sabia que existe crime de ódio por idade??? Não??? Pois é, informe-se. Leia pelo amor de deus! Ler é muito bom, abre os horizontes. 

E mais uma coisa para eu relaxar os meus dedos que estavam formigando depois de ser excluída do grupo de merda: receitar medicamento por rede social é crime previsto por lei! Não pensem que eu vou ficar quieta quanto a isso! Por que eu vou denunciar sim!

Carnaval e suas Patifarias

Então é isso o que nós transexuais e travestis somos? Uma folia? Uma brincadeira de época? Ontem fazendo o meu primeiro (e ultimo) trabalho de intervenção com preservativos e gel lubrificante numa festa de carnaval aqui na minha cidade fiquei horrorizada com muitas coisas! Não só com o fato de que haviam dezenas de homens vestidos com roupas de mulheres, debochando e caçoando, como eu disse no link "A Autora", eu tenho uma condição transexual e uma opção homossexual, tenho minha condição, mas ainda me visto como homem por vários motivos que não valem a pena serem colocados aqui! Não me julguem! Não sou uma montada nem nada parecido, eu simplesmente não estou preparada para enfrentar o mundo de novo (porque já fiz isso e não deu certo mesmo). O mais irritante era ver as pessoas rindo e debochando junto com eles, como se nós fossemos palhaços de circo! Eu simplesmente me senti um lixo e a vontade de quebrar a cara de todo mundo era muito grande, mas sou magrela e não tenho muita força, ou seja, eu ia apanhar até falar chega. Meu marido não ia gostar muito, afinal fui ajudá-lo com a intervenção. A sociedade acha normal e divertido ver homens vestidos como mulheres no carnaval, mas só no carnaval! O resto do ano é putaria e falta de vergonha na cara? Ah vai se fuder bando de escrotos!
Outra coisa que me deixou louca da vida é o fato de que o povo não quer saber de usar camisinha! "Ah mas chupar bala com papel não tem graça". Desde quando camisinha é papel de bala seu filho da puta? Desde quando a sua vida vale uma foda seu acéfalo? Fora isso eu fiquei mais surpresa pelo fato de que os heterossexuais foram os que mais se negaram a pegar os preservativos, a maioria nem sabia o que era o gel lubrificante (mulher também dá o cu porra!). Me perdoem pelos palavrões mas é que eu estou em choque. Em choque pela hipocrisia dessa sociedade imunda. Em choque em ter a certeza de que a cada 100 pessoas naquele local, 40% podem estar com HIV. Em choque em saber que desses 40% quase 30% estão com alguma DST seja ela grave ou simples. Em choque em saber que a nova geração não tá nem aí pra paçoca, querem mesmo é ver o pau entrar sem camisinha mesmo, como se o mundo fosse acabar amanhã e a foda sem preservativo fosse mais interessante e importante. 
Estou com humanofobia! Senti nojo de ficar perto daquelas pessoas, respirando o mesmo ar que elas. Senti que ali era um lago do inferno! E olha que não acredito em inferno! Senti como se a razão de viver tivesse sido substituída pela necessidade de fuder. Isso é triste. Muito triste. Me senti muito mal em ter a certeza mais uma vez que eu não faço parte de nada disso, que eu não sou desse mundo, que sou uma alienigena por ser diferente de todos, tudo que envolve o meu ser é diferente de tudo. Ao invés de ser hetero sou trans. Ao invés de ser assumida como trans sou encubada, ao invés de crer em Deus sou ateia, ao invés de gostar de fuder mais do que de beber água prefiro ver um filme ou comer uma coisa gostosa! Será que pessoas como eu são fadadas a sofrer pelo fato de não se encaixarem em lugar algum?


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Porque é Tão Dificil de Entender?


Sei que muitas pessoas vão ficar com vontade de jogar pedras na minha cara, mas dedico esse espaço no meu blog para deixar um ponto de desabafo aqui. Afinal, somos tão defensoras de nosso direito, de sermos quem somos, mas não nos damos a atenção devida ao fato de que existem muitas coisas por traz do processo transexualizador. Existem tantas que gritam e bradam aos quatro ventos que QUEREM ser respeitadas e compreendidas, mas quando na verdade nem elas mesmas se entendem! Quantas não passam por todo o processo e de repente se veem decepcionadas e querendo voltar atrás? Pois é, só que não podemos EXIGIR das pessoas que nos compreendam e que nos respeitem assim: goela abaixo. Até porque nem nós mesmas nos entendemos as vezes e não me diga que eu estou mentindo. Quantas vezes não deitamos em nossas camas e abraçamos o travesseiro pensando: porque eu tenho que ser assim? Vou largar tudo e viver como um homem!
Só que no outro dia a gente acorda linda com o arco-iris no rosto se sentindo maravilhosas e mais femininas do que nunca! Passamos o dia todo usando uma calcinha que quase corta a gente no meio e quando vamos dormir colocamos samba canção (pois é, eu já vi isso). Sei que muitas coisas acontecem entre quatro paredes e não estou falando do sexo, estou falando das intimidades de uma trans e de uma travesti que só nós sabemos do que se trata. Na boa, a vida deve ser mais descomplicada do que já é!
Quando o assunto é transexual ninguém para pra pensar como a mãe está se sentindo, como a familia está se sentindo. Muitas acabam agindo por puro crime de ódio, outras por desinformação e por não saber como lidar com a situação, mas daí a gente grita: EU QUERO SER RESPEITADA COMO EU SOU! Só que esquecemos que o nosso direito termina quando o do outro começa. Não nos entendemos as vezes, como esperar que os outros nos entenda?
Fica a dica ;)


Só um Aviso!

Sei que muitas pessoas - principalmente os homens - acham que para ser uma transexual/travesti de verdade ao ponto de ser considerada uma mulher, tem que ter cabelo cumprido, silicone de mil quilos nos seios e na bunda, pernas grossas - quase uma mulher melancia ... aff. Digo uma coisa para esses pequenos seres de mentes pequenas - para ser mulher, para ser feminina não precisamos de cabelos cumpridos, pois mulheres belíssimas e importantes da história da música, da literatura e até mesmo da história do mundo tinham e tem cabelos curtos. Da mesma forma não precisamos de seios gigantes e bunda gigante para nos sentirmos femininas pois o que mostra que somos delicadas e femininas são nossas atitudes, nosso comportamento, nossa maneira de falar e de se expressar o que é muito mais válido do que uma transexual ou travesti ter tudo isso e ainda andar de perna aberta e falar grosso, sem saber a diferença ou até mesmo o que significa a ser feminina. E tenho dito 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Transfobia


A transfobia é a discriminação relativa às pessoas transexuais e transgêneros. Seja intencional ou não, a transfobia pode causar severas consequências para quem por ela é assim discriminado. Os ditos transexuais também podem ser alvo da homofobia, tal como homossexuais podem ser alvo de transfobia, por parte de pessoas que incorretamente não distinguem identidade de género de orientação sexual. Como outras formas de discriminação, o comportamento discriminatório ou intolerante pode ser direto (desde formas fisicamente violentas até recusas em comunicar com a pessoa em causa) ou indireto (como recusar-se a garantir que pessoas transexuais sejam tratadas da mesma forma que as pessoas cissexuais). A transfobia pode também ser definida como aversão sem controle, repugnância, ódio, preconceito de algumas pessoas ou grupos contra pessoas e grupos com identidades de gênero travestis, transgêneros, transexuais, também denominados população trans. Historicamente, há uma sobreposição dos papéis socialmente construídos para homens e mulheres às anatomias genitais tradicionalmente entendidas como feminina (vagina) ou masculina (pênis). Essa sobreposição leva ao entendimento da categoria sexo como algo universal (todos os seres vivos teriam sexo), binário (macho e fêmea) e globalizante das identidades e papéis sociais. Assim, pessoas e grupos trans vivenciam vários níveis de discriminação, o que incorre em sofrimento e negação de direitos.


No Brasil não há a tipificação desse tipo de crime. Encontra-se no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 122/2006 (PL 122), apresentado em 2006 na Câmara dos Deputados, mas que ainda não tramitou pelas duas Casas que compõem o Congresso Nacional para que possa ser assinado como Lei. O PL tem como objetivo criminalizar a discriminação motivada pela orientação sexual ou pela identidade de gênero da pessoa discriminada, ou seja, tem o objetivo de criminalizar homofobia, transfobia e lesbofobia. Em 29 de janeiro de 2004, ativistas transexuais participaram, no Congresso Nacional, do lançamento da primeira campanha contra a transfobia no país. A partir de então, 29 de janeiro é o Dia da Visibilidade Trans, cujo objetivo é ressaltar a importância da diversidade e respeito para o movimento trans (travestis, transexuais e transgêneros). Há muitos exemplos de transfobia em diferentes formas e manifestações pela sociedade. Algumas instâncias claramente envolvem violência e extrema malícia, enquanto outras envolvem uma falta de conhecimento ou experiência com a condição, às vezes envolvendo predisposição inconsciente baseada em ditos religiosos ou convenções sociais.

Transfobia no sistema judiciário - 
Um exemplo é o caso de Roberta Góes Luiz em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Roberta entrou com processo de adoção de uma criança do qual os cuidados a foram entregues pela própria mãe da criança, uma menor de idade que não tinha condições de cuidar do recém-nascido. O Tribunal de Justiça, a pedido do promotor de justiça Cláudio Santos de Moraes, negou a guarda da criança à Roberta com a justificativa de que "Roberta e o companheiro, Paulo, são pessoas de bem, têm condições financeiras, mas não formam um casal normal." No entanto, esse pensamento é impositivo por parte daqueles que defendem o termo "Transfobia ", pois o juiz apenas emitiu ou cumpriu a lei, que também protege o direito da livre manifestação de pensamento. Ser a favor ou contra algo não o torna criminoso. Outro exemplo é o de Luíza Mouraria em São Vicente, litoral paulista. Luiza manteve um relacionamento amoroso com um rapaz, Daniel Guilherme sem que o mesmo soubesse do fato de Luiza ser transexual. Quando descobriu, Daniel junto com seu irmão, André Guilherme, planejaram o assassinato de Luiza. A mesma foi agredida até a morte com socos, pontapés e um pedaço de madeira. Depois prenderam junto ao corpo uma pedra e o atiraram ao mar. André e Daniel tiveram prisão preventiva, mas foram soltos 30 dias depois devido habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal de Justiça. No processo (HC 53296) Luíza é tratada como um "homossexual que se travestia de mulher e se apresentava como Luíza."

PL 122 - arquivado?

Projeto de lei da Câmara 122 de 2006, denominado no Senado como PLC 122/2006 e popularmente conhecido como PL 122, é um projeto de lei brasileiro apresentado pela então deputada Iara Bernardi (PT - SP). O projeto de lei tem por objetivo criminalizar a homofobia no país e encontra-se na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal do Brasil, sob relatoria da Senadora Marta Suplicy (PT -SP). É considerado por importantes juristas, entre eles dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como constitucional. A aprovação imediata de alguma legislação específica para a criminalização da homofobia é apontada como "urgentemente" necessária no país por alguns especialistas. Para algumas entidades cristãs (católicas e protestantes), o projeto fere a liberdade religiosa e de expressão, por prever cadeia (até 5 anos) para quem criticar publicamente a homossexualidade, seja qual for a razão. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 propõe a criminalização dos preconceitos motivados pela orientação sexual e pela identidade de gênero, equiparando-os aos demais preconceitos que já são objetos da Lei 7716/89. Esse projeto foi iniciado na Câmara dos Deputados, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi e que ali tramitou com o número 5003/2001, que na redação já aprovada propunha, além da penalização criminal, também punições adicionais de natureza civil para o preconceito homofóbico, como a perda do cargo para o servidor público, a inabilitação para contratos junto à administração pública, a proibição de acesso a crédito de bancos oficiais e a vedação de benefícios tributários. Segundo pesquisa telefônica conduzida pelo DataSenado em 2008, com 1120 pessoas de todas as cinco regiões do Brasil, 70% dos entrevistados posicionaram-se a favor da criminalização da discriminação contra homossexuais no país. A aprovação é ampla em quase todos os segmentos, no corte por região, sexo e idade. Mesmo o corte por religião mostra uma aprovação de 54% entre os evangélicos, 70% entre os católicos e adeptos de outras religiões e 79% dos ateus. Entre aqueles entre 16-29 anos, 76% apoiaram o projeto. Ainda de acordo com a pesquisa, as pessoas com melhor nível de escolaridade tendem a ser mais favoráveis ao projeto de lei - 78% das pessoas com ensino superior e 55% das pessoas com o 4º ano da escola. No entanto, outra enquete do DataSenado, esta feita em 2009 com quatrocentos mil pessoas na internet, indicou que 51,5% dos brasileiros são contrários ao PL-122, enquanto 48,5% são favoráveis. Em 7 de agosto de 2001, Iara Bernardi apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados com o objetivo de criminalizar a homofobia. O projeto recebeu a denominação de PL 5003/2001 . O projeto tramitou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e em seguida foi encaminhado para o Plenário. Inicialmente, o PL 5003/2001 não tinha a intenção de alterar a Lei Federal nº 7.716 de 5 de janeiro de 198914 , que prevê punições para crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Durante a tramitação do PL 5003/2001, outros projetos foram anexados ao mesmo por terem conteúdo semelhante. No ano de 2005, então Deputado Luciano Zica (PT - SP), relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, apresentou seu parecer no qual fez modificações ao projeto original do PL 5003. A versão que saiu da CCJ da Câmara e foi aprovada em Plenário previa várias situações nas quais se caracterizaria a homofobia e suas respectivas punições, como: a dispensa de empregados por motivo de sexo, orientação sexual e identidade de gênero (art. 4º); a proibição de ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público; a recusa ou prejuízo a alguém, em sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional; a recusa de hospedagem, ou cobrança de sobretaxa, por parte de estabelecimentos do gênero (art. 5º); a recusa em negociar bens móveis ou imóveis com determinado sujeito por motivos discriminatórios (art. 6º); o impedimento ou restrição de manifestação de afetividade homossexual, bissexual ou transgênero, quando estas expressões e manifestações forem permitidas aos demais cidadãos (art. 7º); entre outras. Por força do processo legislativo brasileiro, o PL 5003/2001 foi remetido ao Senado Federal e recebeu uma nova numeração, passando a ser denominado "Projeto de Lei da Câmara 122 de 2006", fazendo referência ao número da proposição e o ano em que foi recebida. O termo PLC é usado para diferenciar dos projetos de lei ordinária que são oriundos dos Senadores e nada tem relação com projeto de lei complementar. No Senado, o agora PLC 122/2006 já tramitou nas Comissões de Assuntos Sociais (CAS), está na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) antes de ir à Plenário. No ano de 2007, o PLC 122/2006 foi recebido pela Comissão de Assuntos Sociais e a ex-Senadora Fátima Cleide (PT - RO) foi designada para ser relatora da proposição. O seu parecer ao PLC 122 foi dado no ano de 2009, e fez novas mudanças profundas no projeto, como a inclusão da criminalização do preconceito e discriminação contra pessoas idosas e com deficiência e a retirada de vários artigos do projeto aprovado na Câmara. O PLC 122/2006 encontra-se na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, sob relatoria do Senador Paulo Paim, desde 17.12.2012. A ex-senadora Marta Suplicy (PT - SP) chegou a apresentar uma prévia do seu parecer em maio de 2011, que não chegou a ser lido nem votado devido às polêmicas em torno do projeto. O Senador Magno Malta (PR - ES) apresentou um requerimento, que foi aprovado na CDH do Senado, solicitando a realização de audiências públicas em torno do PLC 122 de 2006. Seriam convidados: ABGLT e filiadas, OAB, CNBB, FENASP, o pastor Silas Malafaia e o pastor Joide Miranda. Os convites foram retirados em 13.08.2012. A data da audiência não foi marcada e há a possibilidade de que, caso haja um acordo sobre o projeto, não chegue a ser realizada. Os Senadores Marcelo Crivella (PRB - RJ), Demóstenes Torres (DEM - GO) e Marta Suplicy se reuniram para definir um novo texto ao PLC 122/2006 que agrade tanto setores do movimento LGBT quanto os religiosos. A discussão gira em torno de uma proposta (ainda não divulgada) do senador Marcelo Crivella. O novo texto deverá ser debatido por ambas as partes interessadas e ainda será apresentado na Comissão de Direitos Humanos do Senado para ser votada. Para tentar um acordo com as entidades religiosas que se opõem ao projeto, a senadora Marta Suplicy, relatora do PL 122 no senado, modificou o texto para proteger cultos religiosos da criminalização. A modificação feita diz que a nova legislação "não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião." No entanto, o novo texto foi reprovado por defensores dos direitos LGBT, que consideraram que a alteração descaracteriza o objetivo original da lei, e ainda não foi suficiente para conquistar o apoio da bancada evangélica no parlamento. O PL 122 seria votado na Comissão de Direitos Humanos do Senado no dia 8 de dezembro de 2011, mas sua votação acabou adiada. Alguns grupos, de maioria cristãos (católicos e protestantes), se opõem ao texto do PLC-122 alegando que este fere o princípio de liberdade de expressão. Tais grupos afirmam que, da forma como o projeto era redigido, qualquer manifestação criticando a conduta dos homossexuais poderia ser caracterizada como discriminação ou preconceito. Cristãos afirmam que o projeto fere a liberdade religiosa e cria uma casta privilegiada. Um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas contra o PLC-122 foi entregue ao presidente do Senado. Em 1 de junho de 2011, mais de 70 mil protestantes e católicos protestaram em frente ao Congresso Nacional do Brasil contra o PLC-122. No mesmo dia, no programa Manhã no Parlamento da Rádio Câmara, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, acusou o PL 122 de criar privilégios para os homossexuais de forma inconstitucional, dizendo "Existe uma diferença gritante entre criticar uma determinada conduta e discriminar pessoas" e ainda "O que eles não suportam é a crítica". Na Marcha para Jesus de 2011, Silas Malafaia criticou a aprovação da união estável entre pessoas de mesmo sexo, orientando seus fiéis a não votarem em parlamentares defensores do PL 122. "Ninguém aqui vai pagar de otário, de crente, não. Se for contra a família não vai ter o nosso voto", afirmou Malafaia, usando vocabulário que foi considerado "vulgar" pelo Portal iG, por conter termos como "otário" e "lixo moral". Segundo Malafaia, este dispositivo (o PL 122) abre um precedente que criminaliza a conduta de um pastor que, por questão de princípios, impedisse a ocorrência ou o prosseguimento manifestações homoafetivas no interior de seu estabelecimento religioso. Existem informações de que o Exército Brasileiro também manifestou preocupação com a eventual aprovação do projeto. Os comandantes que procuraram o senador Marcelo Crivella temem que a lei os obrigue a mudar a atual postura da instituição, o que passaria a ser considerado um crime de discriminação com a aprovação da legislação. Apesar de não ver qualquer inconstitucionalidade no projeto de lei, o advogado Ives Gandra da Silva Martins, especialista em direito constitucional, tem "receios quanto aos efeitos do projeto", dizendo que 'explicitar demais' o problema pode levar à "discriminação às avessas", como, por exemplo, uma possível proibição de leituras de "textos sagrados" que criticam a prática homossexual.

Crime de Ódio

Os crimes de ódio (do inglês hate crime), também chamados de crimes motivados pelo preconceito, são crimes cometidos quando o criminoso seleciona intencionalmente a sua vítima em função de esta pertencer a um certo grupo. As razões mais comuns são o ódio contra a vítima em razão de sua raça, religião, orientação sexual, deficiência física ou mental, etnia ou nacionalidade. Outras razões podem incluir, por exemplo, a idade da vítima, seu sexo (gênero) ou sua identidade sexual. Estes crimes passam mensagens ameaçadoras aos demais integrantes do grupo social sobre o risco que estão correndo. A literatura, de uma maneira geral, destaca que os crimes de ódio são formas violentas de relacionamento com as diferenças sociais e culturais e se sustentam numa densa trama cultural de discriminação, rejeição e desprezo, apesar de ser realizada por indivíduos ou grupos de indivíduos. Portanto, podemos entender que o crime de ódio é, antes de tudo, um crime social e se sustenta nas relações sociais e culturais de rejeição, violência e discriminação. Muitas vezes o crime passional é confundido com o crime de ódio e suas fronteiras são bastante tênues de serem detectadas. Os crimes passionais acontecem em relações de identidades e de identificação, enquanto que os crimes de ódio, em relações de diferença e de “desindentificação”. O ódio é uma de sentimento na qual a razão atua fortemente e é esse componente racional e pragmático, juntamente com a rejeição intensa, que compõem as principais características desse tipo de crime. Por isso, para alguns autores, a rejeição intensa presente em contextos de desejo sexual explicariam como crimes de ódio aqueles contra identidades gays, lésbicas, bissexuais e trans. Os trabalhos científicos sobre esse tema, em sua grande maioria, partem de estudos vinculados às mortes de indivíduos pertencentes a grupos de identidades sexuais. O movimento LGBT tem se mobilizado para tornar visível essas mortes e qualificá-las como crime específico.

Formas mais comuns de crimes de ódio

Os crimes de ódio podem assumir diversas formas. O Ministério do Interior da Grã-Bretanha lista as seguintes modalidades de crime de ódio:
·         ataques físicos — tais como agressão física, danos à propriedade, grafite ofensivo, briga de vizinhos ou incêndio criminoso;
·         ameaça de ataque — incluindo cartas ofensivas, telefonemas abusivos ou obscenos, grupos perseguindo para intimidar, e reclamações infundadas ou maliciosas;
·         insultos e abusos verbais — panfletos e posteres ofensivos, gestos abusivos, abandono de lixo em frente à casa da vítima ou em sua caixa de correios, bullying (humilhação) na escola ou no local de trabalho.
Os crimes de ódio moldaram e influenciaram a História. Seu retrospecto remonta à perseguição dos cristãos pelos romanos, à "solução final" de Adolf Hitler contra os judeus, à limpeza étnica na Bósnia e ao genocídio em Ruanda. Nos Estados Unidos, os exemplos incluem violência e intimidação contra os americanos nativos, o linchamento de negros e o incêndio de cruzes pela Ku Klux Klan, agressões a homossexuais, e a pintura de suásticas em frente a sinagogas. Em 2008, o governo do Equador qualificou oficialmente o assassinato de um equatoriano em Nova Iorque de "crime de ódio" contra latinos. O conceito surgiu nos anos de 1980, nos Estados Unidos, a partir de um determinado contexto político, quando grande parte das demandas sociais articulavam-se em torno de identidades específicas, como o movimento gay. O crime de ódio torna-se uma forma específica de delito e o Federal Bureau of Investigation – FBI – passa a publicar periodicamente estatísticas sobre esse tipo de crime e suas características. A história americana é marcada fortemente por crimes de ódio perpetrados contra os negros (especialmente a organização Ku Klux Kan) e pelos crimes contra homossexuais. Na América Latina o crime de ódio começa a ser considerado a partir do ativismo de grupos políticos durante os anos 1990 e 2000. Foi inicialmente uma ferramenta política, antes de ser uma ferramenta jurídica.

Aspectos psicológicos

Do ponto de vista psicológico, os crimes de ódio podem produzir consequências devastadoras. Um manual elaborado pela Procuradoria-Geral da província de Ontário no Canadá lista as seguintes consequências:
·         efeito sobre as pessoas — abalo psicológico e afetivo; repercussão sobre a identidade e a valorização pessoal da vítima; ambos acentuados pelo grau de violência normalmente maior do crime de ódio em relação ao crime comum;
·         efeito sobre o grupo visado — terror generalizado no grupo a que pertence a vítima, inspirando o sentimento de vulnerabilidade sobre os demais membros, que poderão ser as próximas vítimas;
·         efeito sobre outros grupos vulneráveis — efeito nefasto sobre grupos minoritários ou que se identificam com o grupo visado, sobretudo se o ódio em causa se apoia sobre uma ideologia ou doutrina contrária a diversos grupos;
·         efeito sobre o conjunto da coletividade — estimulação da divisão no seio da sociedade, abominação que atinge conceitos como a harmonia e a igualdade de uma sociedade multicultural.
Legislação sobre crimes de ódio
No Brasil, as leis sobre crimes de ódio dão enfoque ao racismo, à injúria racial e ainda a outros crimes motivados pelo preconceito, tais como os assassinatos praticados por esquadrões da morte ou grupos de extermínio e o crime de genocídio em função de nacionalidade, etnia, raça ou religião. Tanto a morte por esquadrões da morte quanto o genocídio são legalmente classificados como “crimes hediondos”.
Os crimes de racismo e injúria racial, apesar de parecidos, são processados de forma levemente diferente. O artigo 140, § 3º, do Código Penal, estabelece uma pena de 1 a 3 anos de prisão (“reclusão”), além de multa, para as injúrias motivadas por “elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Por outro lado, a lei 7716/89 abrange os “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, também com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa.

Além disso, a Constituição Federal brasileira define como “objetivo fundamental da República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”. A expressão "quaisquer outras formas" refere-se a todas as formas de discriminação não mencionadas explicitamente no artigo, tais como a orientação sexual ou a discriminação em razão da profissão, entre outras.

Homofobia


A homofobia é o termo usado para designar o preconceito e aversão aos homossexuais. Atualmente a palavra é usada para indicar a discriminação às mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis e intersexuais). A repulsa e o desrespeito a diferentes formas de expressão sexual e amorosa representam uma ofensa à diversidade humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal. Muitas vítimas de homofobia sentem-se impelidas a reprimir sua orientação sexual, seus hábitos e seus costumes, sendo freqüente a ocorrência de casos de depressão. É importante salientar que todo ser humano, independente de sua sexualidade, tem o direito ao tratamento digno e a um modo de vida aberto à busca de sua felicidade. A procura de ajuda psicológica e da Justiça é essencial para que a discriminação homofóbica afete da menor maneira possível a vida das vítimas. A Constituição Federal brasileira não cita a homofobia diretamente como um crime. Todavia, define como “objetivo fundamental da República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.  É essencial ter consciência de que a homofobia está inclusa no item “outras formas de discriminação” sendo considerada crime de ódio e passível de punição. A expressão homofóbica pode se dar das mais variadas formas. Em alguns casos a discriminação pode ser discreta e sutil, entretanto, muitas vezes, o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais. Qualquer que seja a forma de discriminação é importante a vítima denunciar o acontecido. A condição sexual não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano. O agressor costuma usar palavras ofensivas para se dirigir à vítima ou aos LGBTI como um todo; muitas vezes o agressor não reconhece seu preconceito e trata as ocorrências de discriminação como brincadeiras; é comum o agressor fazer uso de ofensas verbais e morais ao se referir às minorias sexuais; a agressão física ocasionada pela homofobia é comum e envolve desde empurrões até atitudes que causem lesões mais sérias, como o espancamento; o agressor costuma desprezar todas as formas de comportamento da vítima, considerando-os desviantes da normalidade; o homofóbico costuma se dirigir à vítima como se esta fosse inferior, nojenta, degradante e fora da normalidade; é costume do homofóbico a acusação de que as minorias sexuais atentam contra os valores morais e éticos da sociedade; o agressor costuma ficar mais agressivo ao ver explícitas demonstrações amorosas ou sexuais que fogem ao padrão heteronormativo (por exemplo: mãos dadas, beijos e carícias); o agressor costuma negar serviços, promoção em cargos empregatícios e tratamento igualitário às vítimas; Não há justificativas para qualquer tipo de discriminação causada pela homofobia. Os LGBTI têm direito à expressão amorosa e sexual, e a explicitação desta não é desculpa para um comportamento agressivo. É muito importante denunciar qualquer tipo de atitude homofóbica. Toda Delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Além de ser um direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência. Através da denúncia protege-se não apenas uma vítima, mas todo um grupo que futuramente poderia ser atacado. A vítima deve exigir seus direitos e registrar um Boletim de Ocorrência. É de essencial importância buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada. Em caso de agressões físicas, a vítima não deve lavar-se nem trocar de roupa, já que tais atos deslegitimariam possíveis provas que devem ser buscadas através de um Exame de Corpo de Delito (a realização desse exame é indispensável). Se a violência acontecer através de danos à propriedade, roupas, símbolos, bandeiras e etc, deve-se deixar o local e os objetos da maneira como foram encontrados para que as autoridades competentes possam averiguar legitimamente o acontecido. Atualmente o Disque 100 funciona como um número de telefone destinado ao recebimento de denúncias sobre pedofilia, abuso de crianças, trabalho infantil e também homofobia.

Diz que não e Fake, mas só tem Foto de Cueca e Nenhuma de Rosto


Olha gente, se tem uma coisa que me deixa louca da vida é o fato de que todo homem que procura uma trans pela internet ou tá com uma foto de perfil em que está de cueca ou mostrando o pau. Pelo amor de Deus! Será que é só esse tipo de homem que existe para as trans? Sou casada há 06 anos e amo meu marido que graças a deus é bem diferente desses beócios, meu marido é um homem culto, mas fico com receio e com raiva dos "tipos" de homens que dizem estar interessados em algo sério com uma trans, mas o cara não tem uma foto de rosto, não tem uma foto decente e ainda, só posta uma única foto em que está de cueca ou com o pau de fora! Aff! Na boa, isso me irrita! Ah ... fora aqueles que nem sabem escrever direito, colocam um monte de girias de maloqueiro ou então escrevem "mim adiciona gata!" - OH MEU DEUS, PORQUE? Meninas, não caiam nessa furada, homem desse tipo não serve nem para perder tempo