domingo, 16 de novembro de 2014

Os Tristes que Habitam as Ruas






Moro no centro de minha cidade. Sou uma pessoa com hábitos noturnos, gosto de ver filmes de madrugada, gosto de jogar games na madrugada, de ouvir música e escrever no meu blog, como o faço agora. Assim como também, gosto de comer algo no silêncio da noite. Sou uma criatura com hábitos noturnos que ama a noite e a madrugada. Pois bem ... 
Ao buscar um lanche na rua, me deparo com cenas peculiares. Tristes, que te dão um pouco de medo até. É complicado falar sobre isso quando você não tem a experiência de ter alguém em sua família que é usuário (graças a Deus) ou que você mesmo tenha experimentado ou se tornado vítima das drogas (graças a Deus mais ainda). Voltando ao assunto, vi uma travesti totalmente fora de si, ela tremia e não falava coisa com coisa, estava do outro lado rua. Enquanto ela estava fora de si, o que posso cogitar que seja amigo da mesma, a roubava de mansinho, comendo pelas beiradas. Até não sobrar nada. Ela não sabia o que estava acontecendo no momento e ele sabia exatamente o que acontecia. O efeito das drogas é triste, não desejo nem para meus inimigos que eles se tornem vítimas das drogas.
Já vi amigos e amigas minhas curvarem-se perante sua sombra, tremer de medo de uma árvore ou de um poste, sangrar pela narinas e tossir bolotas de sangue por causa de alguns efeitos colaterais de algumas drogas (como o crack e a pasta base)e mesmo assim pedirem o meu celular logo em seguida para provarem mais uma 'paradinha'. 
Sempre fui muito centrado a respeito disso. Confesso que não sou tão diferente deles, visto que fumo de vez em quando, o cigarro me acalma é fato. Mas não sou dependente. Fico três, seis meses sem fumar. O faço quando estou com muita raiva. Para desestressar. 
Não tenho pena dessas pessoas, pois algumas pessoas escolheram esse caminho, outras não, mas também não fizeram muito esforço para sair dessa, eu posso dizer isso por que conheci muitas pessoas e tive muitos amigos que preferiam morrer ao largar seu vício maldito. Acho que pelo menos nisso eu posso dizer que sou o orgulho da mamãe ... 


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