segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O Mundo e a Pele que Habito

Eu bem que gostaria de dizer que sou completamente feliz com a vida que levo e como a sociedade me influencia nas decisões que devo tomar. Vejo as pessoas andando do alto do prédio e imagino o que as motiva tanto, para viver e seguir em frente. Me passam tantas coisas na cabeça, meus olhos quase não me obedecem de tanto fixarem-se em uma realidade totalmente paralela à esta que vivo. Nada me atrai nesta terra, neste planeta. E assim, máscaras tampam o meu rosto. Uma mais grossa do que a outra, uma por cima da outra, me levando a enxergar o mundo apenas pelos furos que existem no lugar dos olhos. Eu vivo uma mentira para agradar aos outros, eu vivo um outro eu para não me tornar uma criatura solitária e fúnebre. Fechado como um casulo, uma ostra, uma carapaça. Um escafandro de tristeza e melancolia que são amenizadas pelas músicas que hoje não fazem mais sucesso, mas que nos anos 30,40 e 50 eram as melhores. Ainda são para mim. Confesso que gostaria de voltar para esses anos, pois naquela época as pessoas pareciam mais felizes. A doença do novo século é a depressão misturada a solidão.

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